sexta-feira, 30 de novembro de 2007

ENDIVIDAMENTO SOBE EM FLECHA

A forma como estão a ser feitos estes investimentos preocupa-nos e temo-lo dito nos diferentes órgãos autárquicos. Tudo isto está a ser feito à custa do endividamento municipal, que sobe assustadoramente, mês a mês, comprometendo o presente e, sobretudo, o futuro.
Se tivermos em conta que as receitas próprias da Autarquia rondam os 4 milhões de euros, poderemos avaliar como está comprometido o futuro.

FUTURO MUITO COMPROMETIDO

Com este cenário, perguntamos: como vão ser feitos projectos estruturantes e surpreendentemente adiados e alguns que, por diversos atrasos ou erros estratégicos de definição de prioridades, não conseguiram aprovação no quadro comunitário que agora termina?

Estamos a falar de:

Parque de Feiras e Exposições, adjudicado por 2 370 000 € (dois milhões e trezentos e setenta mil euros), com contrato assinado com a empresa, desde 24-02-06.
Pavilhão de Eventos, adjudicado por 2 900 000 € (dois milhões e novecentos mil euros), com contrato assinado com a empresa desde 28-06-06.
Infra-estruturas da Zona Industrial do Alto dos Bacêlos – custo estimado de 4 200 000 € (quatro milhões e duzentos mil euros)
Centro de Acolhimento das Micro empresas – custo estimado de 550 000 € (quinhentos e cinquenta mil euros)
Estrada Borba – Orada – 1 000 000 € (um milhão de euros).


Como vão terminar as obras que estão em execução, se se mantiverem (como tem sido habitual) trabalhos a mais na ordem dos 20 a 25% e derrapagem constante nos prazos de execução?

Como vai terminar a obra do Mercado Municipal de Borba, que já tem trabalhos a mais aprovados na ordem dos 90 000 euros (21,5% do valor da empreitada) e perto de dois anos de atraso para a sua conclusão? Esta obra vai custar mais de 600 mil euros aos borbenses. Porquê tantos trabalhos a mais na execução de um projecto que custou mais de 25 000 euros? De quem é a responsabilidade?
Porque não rescinde ou não rescindiu ainda a Câmara o contrato com a empresa que está a desenvolver a empreitada e que não cumpre os prazos? Porque continua a conceder adiamentos de prazos e não aplica as multas previstas por incumprimento contratual? Que interesses estarão aqui escondidos?
A obra de remodelação das infra-estruturas e arranjo urbanístico da vila de Borba (zona envolvente às muralhas) pela verba envolvida (1 milhão de euros) e pela natureza polémica que a execução de um projecto desta natureza sempre suscita, não deveria ter tido uma discussão pública antes da sua execução?
O projecto não deveria ter sido dado a conhecer aos eleitos dos diferentes órgãos autárquicos e à população, em geral, para recolha de criticas e sugestões? O prazo para conclusão da obra estava previsto para 31 de Outubro. Vai ser concedida mais uma prorrogação de prazo? E como vamos ficar de trabalhos a mais?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dois anos de mandato do PS em Borba - COMPROMETEM O FUTURO

Passados dois anos após as últimas eleições autárquicas, pensamos que deve ser feito um balanço crítico sobre a actuação da maioria socialista no Município de Borba.
Não contestamos a legitimidade das decisões, uma vez que o PS obteve, nas últimas eleições autárquicas, uma maioria considerável de votos. Isto não quer dizer que a CDU esteja de acordo com o rumo que o nosso concelho está a seguir, antes pelo contrário, somos bastante críticos desta actuação e temo-lo feito sentir através dos nossos eleitos nos diferentes órgãos onde estamos representados.
Pensamos que é chegada a hora de, também junto da população em geral e dos apoiantes e amigos da CDU em particular, divulgarmos as nossas posições e denunciarmos aquilo que está mal.
Para começar, a CDU não está nem nunca estará contra a realização de obras no concelho e tem aprovado todas as candidaturas e aberturas de concursos para realização das mesmas. A CDU sempre esteve e continuará a estar na luta pela melhoria das condições de vida da população.

O que nos separa, então, desta gestão dos eleitos do Partido Socialista?

A POLÍTICA DO BETÃO
Desde logo, os eleitos da CDU não trabalhariam sem qualquer critério e sem definição de prioridades, ou sem a elaboração de um plano que tornasse sustentáveis os investimentos que estão a ser feitos.

Construir por construir, numa febre de “deixar obra feita”, sem ideias nem projectos para a correcta utilização dos equipamentos, não é um bom caminho para o concelho.
Os problemas sociais estão aí, cada vez maiores e mais graves, e não vemos nenhuma preocupação dos eleitos do PS. O desemprego, agravado pelo encerramento de empresas, a degradação dos serviços de saúde, a pobreza (quantas vezes, envergonhada!), nada parece afectar este Partido Socialista.
Para quê construir estradas que, de momento, não levam a lugar nenhum?
Vejam-se as variantes já construídas e em construção para serviço da ADC 3 (Área de Deposição Comum) na zona do Barro Branco, cujo valor é superior a 2,3 milhões de euros? Que movimento vão ter aquelas estradas? Não seria possível criar os acessos por menos dinheiro? Eram estas obras prioritárias?
Para quê recuperar equipamentos culturais para os manter fechados?
Recuperado, há mais de um ano, quantas vezes foi utilizado o cine-teatro, após um investimento de mais de quinhentos mil euros? Que planos existem para o seu funcionamento regular? Que tipo de utilização vai ter, para além do cinema (que timidamente, começou agora)?
Concluída a recuperação do edifício principal do palacete dos mellos, em finais de Junho, não se sabe o que se vai fazer do logradouro nem quando o edifício passará a ser utilizado pela população. O que se sabe é que continua fechado! Estamos a falar de um investimento de mais de setecentos mil euros, pelo que se torna urgente o seu funcionamento regular como equipamento cultural.
A instalar no antigo Hospício em Borba, o Fórum Transfronteiriço, da Cultura, Património e Juventude é uma obra em execução, adjudicada por trezentos e sessenta mil euros. Para que servem estas instalações? Ou será mais um espaço para ficar fechado? Seria necessária a sua construção, quando os meios financeiros da autarquia são cada vez menores? Seria uma verdadeira prioridade? Ou estamos a “nadar” em dinheiro?
Nos equipamentos desportivos, o cenário é parecido. O arrelvamento do campo de Futebol de Borba é, de facto, uma obra de belo efeito. Não questionamos a sua necessidade, mas sim a prioridade. Foi um investimento de mais de seiscentos mil euros. Enquanto isso, abandonou-se a construção do polidesportivo de Rio de Moinhos e do Barro Branco (iniciados com grande euforia antes das eleições autárquicas de 2005) e reduziram-se os apoios aos agentes desportivos. Que custos acrescidos vai a Câmara Municipal ter com a manutenção e conservação deste espaço?
A construção da piscina coberta vai custar mais de um milhão e quinhentos mil euros, sem contar os elevados custos da sua manutenção.

domingo, 25 de novembro de 2007

Mensagem de Abertura

Construir uma sociedade mais justa, no país, na região e no concelho; suscitar a dimensão humanista e juntar homens e mulheres num compromisso de mudança, eis o caminho deste blog, cujo sucesso será a possibilidade de fazer regressar a CDU ao leme do concelho, para servir com trabalho, honestidade e competência todos (as) Borbenses.