quarta-feira, 29 de outubro de 2008

FESTA ESTRANHA

Se fossem, hoje, relidas as actas das assembleias municipais referentes aos diversos debates sobre a Festa da Vinha e do Vinho, ficaríamos impressionados com as imprecações dos eleitos do P.S. que vociferavam contra aquele evento; diziam que os produtores de vinho é que deveriam pagar a festa, diziam mais algumas barbaridades que omitimos por despropositadas.
Li, hoje, o programa da próxima Festa da Vinha! Duvidei do que lia… é verdade! Pois os que gritavam contra a festa, os que ralhavam, inconsoláveis, não inscrevem no programa nenhum patrocínio de produtores vinícolas.
Que festa estranha está à porta? Onde andarão perdidos os produtores do famoso vinho de Borba?
O exercício de revisitar as actas da assembleia municipal, quando o P.S. era minoritário, seria altamente pedagógico; Este grupozinho de interesses, clientelas, favores e amiguismos fustigava a maioria governante com tanta impiedade, com tanta intransigência, que pareciam os «polícias da moral»… Terão passado de polícias a malfeitores?
Renegam, enquanto maioria, tudo quanto diziam; fazem, sem pudor, tudo quanto criticavam; são os campeões da incoerência, são vulgares mentirosos, são empedernidos demagogos.
O P.S. perdeu o norte; o grupozinho agarrado à mesa das benesses não tem, nem teve nunca, projecto para Borba; não defende, nem defendeu nunca, valores; só numa coisa são constantes: guardam com mão férrea as carteiras… pois foram as carteiras que os aglutinaram à mesa que os vai desiludindo, porque a julgavam mais abastecida.
Claro, com estratagemas, sob o olhar benévolo do Governo, vão encontrando formas de sustento dos seus apetites cobiçosos; sustentar benesses, presumir, cultivar «narcisismos» podem ser as razões explicativas da desastrosa dívida da Câmara Municipal de Borba. Que o futuro das gerações vindouras fique comprometido por estas razões mesquinhas, eis o que repudiamos, porque, nas próximas duas ou três décadas, todos os borbenses pagarão estes desvarios, estes desmandos, estas irresponsabilidades, que raiam o limite da legalidade.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Demagogia anda na rua

À medida que se aproximam as eleições, toma proporções desmesuradas a demagogia do Partido Socialista; mentindo, na campanha de 2005, iludindo os eleitores com promessas não cumpridas – nem previstas – o partido do Governo e de certas maiorias autárquicas desdobra-se na mais desavergonhada demagogia; anuncia, várias vezes, as mesmas mentiras, escondidas em medidas anunciadas, repetidamente, mas nunca executadas.
Agora, com os resultados eleitorais das eleições na região autónoma dos Açores, explode a demagogia sem reservas. Grita aos quatro ventos a maioria absoluta, mas esquece-se de dizer que 53.5% dos eleitores se abstiveram de votar. Quem, na verdade, terá ganhado estas eleições? Que significam Estes arranjos? Cuidado, que gente pouco séria «pode andar na rua» … e, se as coisas se complicarem, não haverá pudor em ampliar a demagogia, em subornar, ainda mais, a comunicação social, e seduzir os grupos económicos para mais benesses, mesmo que os trabalhadores, os pensionistas, e todos os grupos de pobres estalem de fome, o que importa é manipular, mentir, iludir, se tais sórdidas manobras garantirem, outra vez, o poder.
E na nossa autarquia que poderá acontecer? Tudo, sem reservas de legalidade, que o P.S. e a maioria actual perderam, à muito, a dimensão da legalidade, da responsabilidade, da dignidade; quando a dívida da câmara atinge valores inauditos, mais de vinte milhões de euros (4 milhões de contos) e pode atingir 25 milhões (5 milhões de contos) e nada nem ninguém diz nada, que pode acontecer às gerações futuras? Caminhamos, alegremente, para o abismo, pisamos, sem prevenção, os limites da dívida aceitável, mas nada disto aflige a maioria!... Salvo pequeninos arrufos, tudo passa, como se fosse coisa banal! Alguns eleitos, outrora, tão zelosos das finanças locais, esqueceram o que diziam e deixam acolher todo o tipo de espectáculos, sujeitos às sanções se prosseguir este desregramento financeiro.
A frenética ambição de poder, nestas instituições, ultrapassa tudo o que é racional. O exercício do Poder não pode justificar atitudes e comportamentos que afrontam a democracia e os valores morais que a suportam.
Os eleitores merecem respeito, os compromissos são, ou devem ser, para cumprir, sob pena de assistirmos à transgressão de valores e perder toda a credibilidade junto da população que julgava honrados aqueles que pediram a sua confiança para defender o «bem comum». Um ciclo eleitoral aproxima-se; a máquina da propaganda está em movimento, as promessas vêm aí em catadupas, o limite da decência será quebrantado, mas tudo isto ficará sem punição, se nos demitirmos de pedir responsabilidades aos que nos devem governar.

domingo, 5 de outubro de 2008

Os Fantasmas do Poder

Certas prepotências de certos personagens individuais ou colectivos escondem, sabe-se, tremendas fraquezas, incríveis debilidades éticas, comprometedoras faltas de carácter. Na última reunião da Assembleia Municipal de Borba os eleitos da CDU propuseram a realização de reunião extraordinária daquele órgão de soberania do concelho – assim pensava outrora a maioria – para debater a crise social que atormenta o concelho, a região e o país.
Esta desditosa maioria, incoerente, submissa «à voz do dono» prepotente, até à ilegalidade, renega hoje o que, com suprema hipocrisia vociferava, quando oposição. Democracia e transparência, quanto mais longe, melhor; respeito pelos eleitos e liberdade de expressão, nem pensar, que os tiranozinhos mandadores sufocam tudo. Porque motivo têm medo de analisar a situação social? Que os atormentará? O universo de mentira, a falsa megalomania que espalharam, desmorona-se: perante a falência das promessas mentirosas; perante a pantominice das empresas que viriam instalar-se neste concelho; perante a calamitosa dívida que ameaça, se o P.S. cumprir o que anuncia, a própria extinção do concelho, por insolvência; a desastrosa gestão desligada de qualquer outra estratégia que não seja a vaidade do Sr. Presidente da Câmara que não tem nem ideia como há-de rentabilizar o «mar de betão» que mandou semear, com prejuízo para os borbenses.
Aquele autarca temeu, 2007, convocar, como pretendiam os seus «senhores distritais» a assembleia municipal para analisar o estado da igualdade de oportunidades; ele sabe que eu sei que ele sabe porque temeu: apesar de, quando presidia à assembleia aparecer pelo Conselho Nacional de Reabilitação, qual «vulto nevoento», não tinha, nem tem ideia, do panorama social, porque, na mundanal existência, essa «bomba atómica do sec. XXI – não lhe dá nenhum cuidado.
Algumas biografias, se publicadas, revelariam a verdadeira dimensão dos biografados; eis o caso!
Porque será que perseguirá ou tentará intimidar os que o censuram? Porque é tão intolerante à divergência, que reage com descortesia, quando os factos o apavoram? Porque é fraco! E, por isso mesmo, é «insolente» com os que considera «fracos» e «lisonjeiro/adulador» com os que considera «poderosos», porque, ávido de protagonismo/carreirismo, sabe que, comprazendo aos «mandadores» o caminho fica mais aberto.
Os fantasmas do Poder simbolizam os fantasmas pessoais e colectivos e materializam as infinitas ambições dos seus titulares tão distraídos que nem percebem: «é transitória a glória do mundo» …
Quando a roda da fortuna desanda, quando regressam ao lugar onde deveriam ter estado sempre, sofrem «tormentos de perdição»!... Choram, desconsolados, porque não conhecem os seus fantasmas e os malditos são tão atrozes!... Pedem contas; acusam; devolvem a mesquinha realidade deformada por patologias terríveis!...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sessão Pública com Jerónimo de Sousa

No dia 3 de Outubro realizar-se-á uma sessão pública no centro cultural (antigo matadouro), em Estremoz, pelas 18:30, que contará com a presença do Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

Não ao código do trabalho!
Melhores salários!
Combate à precariedade!

É tempo de Lutar!
É tempo de Mudar!