domingo, 29 de março de 2009
O Vosso tanque General, é um carro forte
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertold Brecht
quarta-feira, 25 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
Informação Digna - Direito de Abril
Os grandes meios de comunicação são, à muito, voz submissa dos grandes grupos, sustento da direita, mesmo reconhecendo certas polémicas para manter audiência/leitura.
A história da manipulação da comunicação social pelos partidos de direita há-de fazer-se, mas o governo do Sr. Sócrates tem levado a palma no embuste, na mentira, no engano, na manipulação, porque, mentindo nas suas promessas eleitorais, seria preciso intoxicar a opinião pública para parecer merecer alguma credibilidade.
Núcleo dessa estratégia de intoxicação foi a ofensiva contra os sindicatos e partidos de esquerda, salientando, claro, o PCP. Das visitas policiais, ao melhor estilo pidesco, aos sindicatos, à perfidiosa mentira, tudo tem valido; hoje, ouvir a comunicação social pública (RTP/RDP) é ser massacrado pela mensagem mentirosa do Governo e amigos capitalistas que lhe louvam: a hostilidade aos trabalhadores, os favores à grande banca, os pedidos de sacrifícios aos pobres, a futura miséria dos pensionistas, os novos mendigos de bordão e alcofa.
Eis o futuro que promete o P.S. aos trabalhadores. E aos banqueiros? Recuperação, lucros chorudos, exploração dos trabalhadores, a receita costumada.
A evolução das novas tecnologias permitiu o aparecimento doutra informação mais livre, mais verdadeira, fiel às aspirações dos trabalhadores, dos pobres, da juventude, dos intelectuais, vítimas das políticas ruinosas do Governo, os blogues.
Mas chegados ao poder corrigiram o que reprovavam? Dão, agora, exemplo de pluralismo? Basta olhar os boletins produzidos pela actual maioria e fica-se esclarecido; se tivessem razão, «naquele tempo», porque repetem os reprovados «erros»?
O pasquim é um fantasma andante, um corpo degradado, porque pouco tem que aplaudir, mas teria muito que criticar, se fosse um órgão livre; não foi, não é, nem será, por algum tempo, porque a noção de pluralismo dos seus mentores é deformada, não visa a objectividade nem o rigor, mas a manipulação, seguindo, à risca, as lições do Governo. A liberdade de expressão é atributo da democracia idealista, porque na Europa dos monopólios, o mito foi morto pelos seus pregadores. A mentira, a intoxicação, a manipulação e a difamação vão reaparecer, os «donos» têm feroz sede de «chupar o sangue fresco da manada», isto é, de espalhar mais pobreza, mais miséria, mais fome, mais opressão
sábado, 14 de março de 2009
A Derrota dos Pequenos
Apesar da abjecta manigância do presidente da Câmara, com uma merendazinha, muitos borbenses participaram na manifestação que congregou, em Lisboa, 200000 portugueses descontentes.
Entre os gritos entusiasticamente repetidos, fixei: «mentirosos! Mentirosos!»; lembrei o pobre presidente da Câmara: julga, ainda, num claro gesto de indigência democrática e cultural, ser viável alienar, pelo estômago, a patriótica luta dos portugueses e dos borbenses.
Que tristeza de desmandadores, que pobreza de dirigentes, que desdita ser desgovernados por mandadores tão «pequeninos»; mas a realidade é sempre mais forte; e estes pequenos acabarão por ficar em qualquer poeirenta gaveta da História, defraudando as suas desmedidas aspirações, que nem eles sabem quais são.
Pois fiquem nessa mediocridade, que a luta prosseguirá, em toda a parte, e lá ficarão sepultados na penumbra do tempo, deixando diáfanas lembranças, especialmente da pobreza de espírito que carregaram, ao longo da pálida existência.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Com papas e bolos se enganam os tolos
Por um lado, persegue, discrimina, levanta processos disciplinares, julga-os com laivos de ilegalidade, aplica penas sem critérios, salvo o amiguismo. Estimula um verdadeiro sistema de informações importado da polícia política do Estado novo; tal é a culpa, que, quando na assembleia municipal me referi «à PIDE do P.S.» surgiu uma vozearia pouco saudável, que queria fazer silêncio sobre uma realidade palpável que não sei se todos conhecem, mas que os trabalhadores conhecem perfeitamente.
Não nos surpreendamos, como sempre, aprendeu dos mandadores que venera as lições que sabem como ninguém.
Por outro, não hesita em comprar, pelo estômago, os mais desprevenidos. Como se sabe, dia 13 de Março de 2009, a CGTP/IN promove jornada de luta e protesto contra as políticas de direita do Governo do P.S..
Que manigância arranjou para desmobilizar os trabalhadores?
A Câmara Municipal de Borba, com o dinheiro de todos os borbenses, já carregados com a dívida elevadíssima, manipulando os Serviços Sociais, oferece a matança dum porco, com a respectiva merenda.
Que desvergonha é esta? Que alienação tão escandalosa, oriunda de quem se afirma, na retórica, «socialista»?
Caro presidente! Sei que abomina a História – e a cultura em geral – mas tenha cuidado que aqueles que compra, agora, pelo estômago, vão pedir-lhe contas, quando tiverem fome, se prosseguir a desgraçada política de desastre, de direita, do seu P.S..
O povo, na sua infinita sabedoria, diz: «Com papas e bolos, enganam-se os tolos!»
Ah! Repare que estas práticas alienantes, estas manipulações despudoradas, foram utilizadas por conhecidos dirigentes da ditadura!
Mas a revolução venceu, mas a liberdade surgiu, mas a justiça social brilhou! Lembra-se quem atacou, sempre, os trabalhadores? Pois, pois, o P.S..
Em todas as medidas contra revolucionárias esteve na primeira linha da ofensiva o P.S.; que os trabalhadores não tenham a memória curta e afastem do poder, por muito tempo, esta elite de aliados e protagonistas da crise.
quarta-feira, 11 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
Comemoração - 88º Aniversário PCP e Dia Internacional da Mulher
Mote
Todos dizemos, se Deus quiser
Levando-nos a cruz, ao calvário
Hoje é o dia da Mulher
E comemoramos, o 88º Aniversário
I
Amigos e camaradas
Oiçam bem a minha voz
Ave-maria rogai, por nós
Nos campos, e nas estradas
Nos serões, e nas madrugadas
Cada um aonde vier
Estamos a comer, de garfo, e de colher
Não descalços nem rotos
E dizemos uns para os outros
Todos dizemos, se Deus quiser
II
Oiçam bem, as minhas razões
Como Português e Alentejano
Não se esqueçam, que este ano
Vamos ter três eleições
Muito cuidado com as marcações
Muita atenção, ao diário
E também, ao semanário
Não há razão para susto
Mas já há alguém, com muito custo
Levando-nos a cruz, ao calvário
III
Hoje em festas, há mais de 100
De toque muitas emissoras
Mas todas as senhoras
Cantamos os parabéns
E uma verdade porém
Quem é aquela que não quer
Ou quem é ou que não prefere
Pelo marido ser beijada
É uma data abençoada
É o dia Internacional da Mulher
IV
Vamos falar do nosso partido
Que existe em Portugal
Não esqueçamos do C. Á. Cunhal
Que hoje é falecido
Do nosso tempo, de vivido
Que vemos um lindo aquário
Os meus versos estão muito servidos
Dos trabalhos que fiz, e faço
Hoje dia 8 de Março
Comemoramos o 88º aniversário
Gosto muito de passarinhos
Assados, em lume de carvão
Nascido em Rio de Moinhos
Morador, no bairro do Pisão
Altino João Letras Carriço
sábado, 7 de março de 2009
A luta é nossa
A par do novo código do trabalho, com perdas inqualificáveis no que diz respeito à facilitação dos despedimentos sem justa causa, colocando todos os trabalhadores em situação precária e à tentativa de liquidação da contratação colectiva temos assistido igualmente, a um ataque sem precedentes aos trabalhadores da administração pública e particularmente, da Administração Local, através da perda do vínculo público, a destruição do regime de carreiras e sistema retributivo.
A matriz implementada pelo governo e suas politicas de direita reflectem-se também nas atitudes e comportamentos dos eleitos PS no poder local. Constatamos enquanto trabalhadores da Administração local, que ambas formas de actuação se assemelham pois, baseiam-se nos mesmos princípios. O desrespeito pelas mais elementares regras de convivência democrática, quer através da intimidação dos trabalhadores, quer pelo condicionamento da acção sindical são exemplos entre muitos, de práticas com as quais nos confrontamos diariamente. Se pensam que através de comportamentos menores nos desviam do nosso caminho estão enganados. A luta continuará e cada vez com mais contributos e mais vontade.
Enquanto célula do PCP na Câmara Municipal de Borba é nossa intenção reforçar a intervenção, definindo para isso um plano de trabalho que envolva os trabalhadores militantes e simpatizantes, através de acções de luta organizadas em torno das suas preocupações. A voz do PCP é e será o garante dos processos participativos e democráticos no município. Fá-lo-á a partir da defesa intransigente dos trabalhadores e suas famílias, na discussão, na apresentação de propostas, na denúncia.
Porque acreditamos que é possível uma vida melhor!
A luta é nossa!
A Célula do PCP dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Borba
quarta-feira, 4 de março de 2009
A Acessibilidade é Direito
Deixemos a Demagogia
Tinha-me sido dito que a Loja do Cidadão, inaugurada com o triste espectáculo costumado, por parte do Presidente da Câmara Municipal, não era acessível, não cumprindo, por isso, um requisito apregoado pelo Governo – que apregoa mel e vende vinagre –lição que o nosso desditoso edil aprendeu.
Desloquei-me, pessoalmente, à «maravilha no imaginário do nosso autarca» e verifiquei que o elevador não funciona, inviabilizando o acesso: a pessoas idosas; a mães com carrinhos de bebés; a pessoas com deficiência com mobilidade condicionada. Violando, grosseiramente, a legislação em vigor, o facto é tanto mais condenável, quando os serviços locais da segurança social foram mudados para a dita loja do cidadão, mas não de todos os cidadãos.
Quando a Câmara faz que cuida da acessibilidade, quando o Presidente vagueia pelos paços perdidos dos gabinetes, em desvelada adulação, para assinar inúteis protocolos, quando não faz nem ideia do conceito de acessibilidade, quando fala em observatórios sobre a crise social, afastando os destinatários, sabe-se que todo este «deprimente espectáculo» não passa de demagogia, mentira multiplicada, porque o autor julga poder, ao mesmo tempo, mentir de vários modos: - enganar; - iludir; - hipnotizar os grupos desfavorecidos, as vítimas da crise, mas especialmente das políticas desastrosas de direita do P. S..
Tais práticas são repudiáveis, mas, porque não conheço qualquer pessoa menos propensa à sensibilidade social que o nosso edil, porque a «solidariedade» lhe é totalmente desconhecida, não fico surpreendido, fico extremamente indignado.
Eis a razão que impede a Assembleia Municipal de Borba de debater a conjuntura social; eis a causa da ausência de quaisquer propostas para aliviar as consequências nefastas da crise na intervenção da Câmara de Borba, por responsabilidade da desditosa maioria.