quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Que importuna visita, que molesta companhia!

A visita do Primeiro-ministro, organizada, inesperadamente, é surpresa, porque, lendo o mais recente boletim da Misericórdia, parecia «coro de lamentações»; que a Segurança Social não comparticipou, nem mesmo na construção, que tinha sido deixado ao abandono o louvado trabalho da instituição! Agora, maravilha, o Sr. 1.º Ministro vem confortar os desesperados! Rumores dizem que vem, finalmente, assinar protocolo. (acordo de cooperação)
Que benefícios para os futuros utentes? Baixará o valor das comparticipações pedidas, orçando 800 euros? Passará o novo Lar a ser acessível aos idosos pobres?
O 1.º Ministro visita o Alentejo em mais uma «missão de propaganda/demagogia», inundará o discurso de mentirosas promessas que serão ouvidas, como «doce música» pelos compadres e amigos, propensos, como sempre, a favorecer os interesses dos grandes grupos económicos, enquanto mentem àqueles que, iludidos, os elegeram.
O Sr. Presidente da Câmara acalentará a falsa esperança que lhe ajudarão a pagar a astronómica dívida? (20 milhões de euros) ou, rendido aos encantos da política de direita do Governo, esperará obter, clandestinamente, promessas (sem credibilidade vindas de quem mente) de violar a Lei das Finanças Locais e prosseguir a ruinosa gestão que hipotecará o futuro de duas gerações de borbenses?
Quando este Governo é o mais duro inimigo dos grupos desfavorecidos: praticando uma política anti-social, destruindo o Serviço Nacional de Saúde, preparando para o futuro o retorno à mendicidade das novas gerações vítimas de pensões cada dia mais baixas, quando este Governo destrói o estado e ataca, com fúria louca, os trabalhadores da administração pública, quando este Governo condena à exclusão as pessoas com deficiência, negando-lhes, agora, a escola inclusiva, que significa esta visita apressada? Propaganda, demagogia, falsas promessas, manipulação do Estado ao serviço do P.S., compadres, clientes e apaniguados. Qual avezinha, qual menino mentiroso, receando o castigo da mentira, recebe a maioria conforto dos seus mentores: no autoritarismo, na política de direita, no favor aos compadres, nesta desastrosa política tão antidemocrática, que teme o referendo ao Tratado Europeu e tem pavor à democracia nas autarquias, não vá a oposição desvendar as negociatas! Que importuna visita, que molesta companhia!

1 comentário:

Templo do Giraldo disse...

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