A Festa da Vinha e do Vinho é o momento anual em que Borba recebe mais visitantes. Os objectivos que estiveram na sua criação, afirmaram-se ao longo do tempo, como pilares para a construção de uma identidade singular e genuína. A promoção do vinho e suas práticas sociais e culturais, a valorização das potencialidades endógenas, como os Produtos Regionais, o Artesanato e a Gastronomia, assumem-se como referências de importância inquestionável para a economia local.
A Marca Festa da Vinha e do Vinho está inegavelmente construída a partir dos saberes e sabores locais, factor preponderante no desenvolvimento local sustentável.
Reunir à volta destes princípios milhares de visitantes foi um longo caminho. Dos obstáculos e dificuldades criaram-se dinâmicas e práticas, fruto do envolvimento e trabalho de todos os Borbenses.
De há uns anos a esta parte, e sempre num contínuo, temos assistido à descaracterização da Festa.
• Fim da produção de vinho com rótulo da Festa;
• Contínua perda de participantes em stand no Artesanato e Artefactos;
• Ausência de stands de promoção e venda de Produtos Regionais, nomeadamente, queijos e enchidos;
• Implementação de um processo de mercantilização, visível na promoção e venda de produtos/serviços desenquadrados das características da Festa;
São claros e inequívocos os sinais de perda de identidade da Festa. Tudo aquilo que a diferenciava, pela sua originalidade e defesa de valores locais tem sido consumido pela incompetência e irresponsabilidade. Como entender que se disponibilizem stand`s para venda de aspiradores, mobiliário e sofás? Como entender que num claro atentado à promoção e valorização da Gastronomia Regional Alentejana se tenham apresentado nas tasquinhas pratos como a “Posta Mirandesa” ou Açorda de Marisco? Como entender que se promova a ginja, em vez do nosso e delicioso abafado?
Quem vem à Festa quer provar o vinho, os petiscos e pratos como a Sopa de Tomate, as Migas ou a açorda! Quem vem à Festa quer degustar e comprar os nossos afamados queijos e enchidos! Quem vem à Festa quer, enfim, descobrir os nossos produtos no seu contexto original.
A aposta nas potencialidades do concelho, nos produtos regionais, vinho, artesanato e gastronomia regional, aliado à valorização do Património Construído, Cultural Imaterial e Natural é a única forma de preservar a nossa Identidade. O reforço das actividades económicas locais, a promoção das especificidades do Território, assume a matriz de resistência aos efeitos dos processos de globalização. A Festa da Vinha e do Vinho é nessa medida, espaço para a autenticidade e qualidade, marca de ruralidade e diferenciação em relação a outros eventos.
Apregoar o sucesso que todos desejamos sem se avaliar responsavelmente estas e outras considerações é no mínimo …enganador. E quem se engana a si próprio, mais facilmente engana os outros.
Que todos possamos daqui retirar ilações. A Festa é de todos os Borbenses e tem que impreterivelmente, servir para apresentar o que melhor temos e fazemos. Não foi, não pode ser e se depender de nós não será, um espaço para vaidades de quem sempre criticou os seus princípios e que a pouco e pouco, graças à pouca capacidade, a vai desmontando, descaracterizando, matando.
A Marca Festa da Vinha e do Vinho está inegavelmente construída a partir dos saberes e sabores locais, factor preponderante no desenvolvimento local sustentável.
Reunir à volta destes princípios milhares de visitantes foi um longo caminho. Dos obstáculos e dificuldades criaram-se dinâmicas e práticas, fruto do envolvimento e trabalho de todos os Borbenses.
De há uns anos a esta parte, e sempre num contínuo, temos assistido à descaracterização da Festa.
• Fim da produção de vinho com rótulo da Festa;
• Contínua perda de participantes em stand no Artesanato e Artefactos;
• Ausência de stands de promoção e venda de Produtos Regionais, nomeadamente, queijos e enchidos;
• Implementação de um processo de mercantilização, visível na promoção e venda de produtos/serviços desenquadrados das características da Festa;
São claros e inequívocos os sinais de perda de identidade da Festa. Tudo aquilo que a diferenciava, pela sua originalidade e defesa de valores locais tem sido consumido pela incompetência e irresponsabilidade. Como entender que se disponibilizem stand`s para venda de aspiradores, mobiliário e sofás? Como entender que num claro atentado à promoção e valorização da Gastronomia Regional Alentejana se tenham apresentado nas tasquinhas pratos como a “Posta Mirandesa” ou Açorda de Marisco? Como entender que se promova a ginja, em vez do nosso e delicioso abafado?
Quem vem à Festa quer provar o vinho, os petiscos e pratos como a Sopa de Tomate, as Migas ou a açorda! Quem vem à Festa quer degustar e comprar os nossos afamados queijos e enchidos! Quem vem à Festa quer, enfim, descobrir os nossos produtos no seu contexto original.
A aposta nas potencialidades do concelho, nos produtos regionais, vinho, artesanato e gastronomia regional, aliado à valorização do Património Construído, Cultural Imaterial e Natural é a única forma de preservar a nossa Identidade. O reforço das actividades económicas locais, a promoção das especificidades do Território, assume a matriz de resistência aos efeitos dos processos de globalização. A Festa da Vinha e do Vinho é nessa medida, espaço para a autenticidade e qualidade, marca de ruralidade e diferenciação em relação a outros eventos.
Apregoar o sucesso que todos desejamos sem se avaliar responsavelmente estas e outras considerações é no mínimo …enganador. E quem se engana a si próprio, mais facilmente engana os outros.
Que todos possamos daqui retirar ilações. A Festa é de todos os Borbenses e tem que impreterivelmente, servir para apresentar o que melhor temos e fazemos. Não foi, não pode ser e se depender de nós não será, um espaço para vaidades de quem sempre criticou os seus princípios e que a pouco e pouco, graças à pouca capacidade, a vai desmontando, descaracterizando, matando.
1 comentário:
Com o fim de 2008, não deixe de passar pela Rua dos Enforcados:
http://ruadosenforcados.blogspot.com
Enviar um comentário