Todos sabemos que o presidente da câmara é parco em imaginação, mas aluno aplicado na cópia das ideias dos seus mandadores; seguindo a «lista das vergonhosas» inaugurações organizou, nos últimos tempos, - e vai prosseguir a palhaçada – espectáculos de gosto pouco requintado:
Em 20 de Fevereiro apareceu um ministro a fazer a comédia da loja do cidadão. Em 28 de Março apareceu outro ministro – qual mais apagadinho – para fazer a comédia do Palacete dos Melos.
Claro que a demagogia e a mentira são atributos seja do governo, seja desta câmara, destas comédias, dos porcos para estômagos sequiosos, às inaugurações, sempre com um fim preciso: propaganda despudorada...
No entanto há limites de dignidade que deveriam ser respeitados: mandam as regras mais elementares do protocolo informar, no mínimo, a oposição. É sinal da «falta de estatura dirigente» a inobservância destas normas de cortesia; cortesia falta – e faltou sempre – ao presidente da Câmara; essas coisas passam-lhe ao lado, porque preocupado em perseguir, em estimular a delação, em gritar, a propósito e despropósito, as normas do «bom senso protocolar» nem imagina o que possam ser.
A sua imaginação dirige-se, exclusivamente, à propaganda; quando fantasia um concelho megalómano, é sempre o poder, e as suas prevendas, que quer segurar, a todo o custo.
É o que temos!... É pequenino!... Lamenta-se, mas para ultrapassar esta pequenez, há remédio: mude-se...
Como quer que seja, a cortesia institucional é dever; informar, sem formas, não é protocolo, antes salienta certo cinismo «fazer de conta» que é outra lição dos donos que aprendeu com facilidade.
Que a oposição compareça, isso depende dos seus eleitos. Que se respeitem regras, isso pertence às «funções de Estado» e obriga os seus titulares.
Por mim não sei o que faria, porque, habitualmente, não «frequento más companhias», mas as «formas» são deveres e o seu incumprimento é sintoma de prepotência que não prestigia...
Diz o povo: { «as acções ficam com quem as pratica»}...
Por isso, ilustre presidente, tenha tento no protocolo, deixe lá a propaganda; nisso sabemos que tem muita habilidade; arranje um «tempozinho», cultive melhor o «vício de trabalhar», para aprender um pouco de cortesia...
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