quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Onde está a política cultural estruturante?

A política do betão está aí. Neste contexto de irresponsabilidade e caciquismo que põe em causa o real desenvolvimento do concelho nos próximos anos, existem diversas áreas que têm sido negligenciadas. Destacamos na presente reflexão o âmbito cultural. O desenvolvimento local tem como condição fundamental a acção cultural enquanto exercício de cidadania, parte estruturante dos processos de interacção.
Consideramos a cultura e a cidadania como eixos determinantes do desenvolvimento integrado dos indivíduos e da comunidade e, nesse sentido, como pilares de políticas públicas (fundamentais) ao serviço dos cidadãos.
Não é necessário fazer uma análise exaustiva da realidade cultural do concelho, para concluirmos que também neste âmbito a actuação do executivo PS é uma ENORME falácia.
É confrangedora e inaceitável a ausência de uma politica cultural estruturante, que assuma o desenvolvimento e fruição de práticas culturais, envolvendo o movimento associativo, o mecenato e os cidadãos.
Não existem quaisquer acções fruidoras de dinâmicas culturais e artísticas, que envolvam os cidadãos no desenvolvimento de novas competências. Não existem espaços de crescimento individual e colectivo, que permitam novas aprendizagens a partir de novos objectos, novas vivências, que sejam realmente participados e interiorizados. Não existem processos de valorização e preservação das especificidades locais, mediante o desenvolvimento de planos transversais que abarquem a área educativa, social e cultural.
O que existe são acções descontínuas e mal estruturadas alancadas em espaços e modelos estereotipados, nas quais se utilizam metodologias de gestão cultural, sem qualquer envolvimento por parte da população quer na sua construção, quer na sua apropriação. É necessário sensibilidade, arrojo e inteligência para a construção de novos modelos, novas práticas que tenham por base a promoção dos saberes, a nossa identidade, o nosso património, as nossas pessoas.
De forma a agrupar as nossas preocupações nesta área sistematizámos breves questões, a partir das quais todos nós devemos reflectir, e daí retirar conclusões, honestamente.
Onde está a politica cultural estruturante?
Onde está a promoção e fruição de práticas culturais e artísticas?
Onde estão as medidas de dinamização e responsabilização do movimento associativo?
Onde estão os espaços comunitários de partilha, construção e tomada de consciência?

2 comentários:

Anónimo disse...

Por tudo isto é que no sábado só estavam 6 ???????? pessoas na apresentação de importante trabalho sobre Borba. As responsabilidades têm que ser assumidas...,

ou está tudo bem?

Longe...mas atento

Anónimo disse...

A pobreza da apresentação de tão exaustivo trabalho sobre Borba adequa-se à pobreza das entidades competentes que temos: brutos, sem conteúdo, uns verdadeiros troncos!

V.