terça-feira, 17 de junho de 2008

Para onde vai Borba?

O contraste flagrante entre a «megalomania do betão» e a mediocridade cultural é doloroso; não justifiquem com o dinheiro! porque mais umas centenas de euros pouco se notam numa dívida de 20 milhões; a questão não e, pois, dinheiro!
A verdadeira razão é a «pobreza intelectual» da maioria que arrasta ao precipício esta autarquia.
A desmesurada ambição de «fazer História» revelada, de forma ostensiva, pelo Sr. Presidente pode ter duas consequências:
se, por «milagres» operados pela intransparência do P. S. tudo fosse feito, teríamos «História do betão» e lá caberia, por mérito próprio, o Sr. Presidente.
Mas, se, ao contrário, a legalidade for realmente posta em execução, pode acontecer que a História seja outra, substantivamente diferente:
a dívida tornará «inviável» o concelho; e, sendo verdade, o que propõem alguns dirigentes do P. S, podem ser extintos os concelhos economicamente insustentáveis, 2013; sendo assim, a actual maioria com destaque para o Sr. Presidente pode, por imprudência, por imprevidência, ser «coveiro do Concelho de Borba».
Eis outro modo de concretizar a desmesurada ambição: «fazer História»! Desta forma, História negativa...
Claro que o pessimismo é a expressão da realidade, claro que Borba empobrece, claro que Borba perde, com inédita despreocupação, emprego e população, mas que é isto, em comparação com o «betão»? A pobreza cultural associada ao «bacoquismo» são a concretização dum projecto delirante, sonhado de carteira em riste, concebido, imaginando Borba como metrópole ficcionada, sob perniciosa influência de qualquer filme americano, que fará «entrar em êxtase» o personagem dominante desta maioria que foge à realidade e se refugia em imaginadas invasões de «turistas», provavelmente extra terrestres vindos da fantasia! Triste destino terá Borba, se uma réstia de sabedoria não «alumiar» estes dirigentes, por enquanto, deste concelho «terra que encanta» mas que se «des/encanta», com tanta alucinação plasmada em «betão»!...
Sem reverência às alucinações, toleram-se, se esses delírios não repercutirem no desenvolvimento democrático da autarquia; mas, se como tem acontecido, estas opções erráticas forem acompanhadas de perseguição e intolerância, o erro é condenável.
Espera-se que estas críticas sejam aceites, pois a «liberdade de expressão» perturba e a razão ofusca-se, desvanecendo-se a dimensão democrática do Poder.

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