quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Demagogia anda na rua

À medida que se aproximam as eleições, toma proporções desmesuradas a demagogia do Partido Socialista; mentindo, na campanha de 2005, iludindo os eleitores com promessas não cumpridas – nem previstas – o partido do Governo e de certas maiorias autárquicas desdobra-se na mais desavergonhada demagogia; anuncia, várias vezes, as mesmas mentiras, escondidas em medidas anunciadas, repetidamente, mas nunca executadas.
Agora, com os resultados eleitorais das eleições na região autónoma dos Açores, explode a demagogia sem reservas. Grita aos quatro ventos a maioria absoluta, mas esquece-se de dizer que 53.5% dos eleitores se abstiveram de votar. Quem, na verdade, terá ganhado estas eleições? Que significam Estes arranjos? Cuidado, que gente pouco séria «pode andar na rua» … e, se as coisas se complicarem, não haverá pudor em ampliar a demagogia, em subornar, ainda mais, a comunicação social, e seduzir os grupos económicos para mais benesses, mesmo que os trabalhadores, os pensionistas, e todos os grupos de pobres estalem de fome, o que importa é manipular, mentir, iludir, se tais sórdidas manobras garantirem, outra vez, o poder.
E na nossa autarquia que poderá acontecer? Tudo, sem reservas de legalidade, que o P.S. e a maioria actual perderam, à muito, a dimensão da legalidade, da responsabilidade, da dignidade; quando a dívida da câmara atinge valores inauditos, mais de vinte milhões de euros (4 milhões de contos) e pode atingir 25 milhões (5 milhões de contos) e nada nem ninguém diz nada, que pode acontecer às gerações futuras? Caminhamos, alegremente, para o abismo, pisamos, sem prevenção, os limites da dívida aceitável, mas nada disto aflige a maioria!... Salvo pequeninos arrufos, tudo passa, como se fosse coisa banal! Alguns eleitos, outrora, tão zelosos das finanças locais, esqueceram o que diziam e deixam acolher todo o tipo de espectáculos, sujeitos às sanções se prosseguir este desregramento financeiro.
A frenética ambição de poder, nestas instituições, ultrapassa tudo o que é racional. O exercício do Poder não pode justificar atitudes e comportamentos que afrontam a democracia e os valores morais que a suportam.
Os eleitores merecem respeito, os compromissos são, ou devem ser, para cumprir, sob pena de assistirmos à transgressão de valores e perder toda a credibilidade junto da população que julgava honrados aqueles que pediram a sua confiança para defender o «bem comum». Um ciclo eleitoral aproxima-se; a máquina da propaganda está em movimento, as promessas vêm aí em catadupas, o limite da decência será quebrantado, mas tudo isto ficará sem punição, se nos demitirmos de pedir responsabilidades aos que nos devem governar.

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