domingo, 5 de outubro de 2008

Os Fantasmas do Poder

Certas prepotências de certos personagens individuais ou colectivos escondem, sabe-se, tremendas fraquezas, incríveis debilidades éticas, comprometedoras faltas de carácter. Na última reunião da Assembleia Municipal de Borba os eleitos da CDU propuseram a realização de reunião extraordinária daquele órgão de soberania do concelho – assim pensava outrora a maioria – para debater a crise social que atormenta o concelho, a região e o país.
Esta desditosa maioria, incoerente, submissa «à voz do dono» prepotente, até à ilegalidade, renega hoje o que, com suprema hipocrisia vociferava, quando oposição. Democracia e transparência, quanto mais longe, melhor; respeito pelos eleitos e liberdade de expressão, nem pensar, que os tiranozinhos mandadores sufocam tudo. Porque motivo têm medo de analisar a situação social? Que os atormentará? O universo de mentira, a falsa megalomania que espalharam, desmorona-se: perante a falência das promessas mentirosas; perante a pantominice das empresas que viriam instalar-se neste concelho; perante a calamitosa dívida que ameaça, se o P.S. cumprir o que anuncia, a própria extinção do concelho, por insolvência; a desastrosa gestão desligada de qualquer outra estratégia que não seja a vaidade do Sr. Presidente da Câmara que não tem nem ideia como há-de rentabilizar o «mar de betão» que mandou semear, com prejuízo para os borbenses.
Aquele autarca temeu, 2007, convocar, como pretendiam os seus «senhores distritais» a assembleia municipal para analisar o estado da igualdade de oportunidades; ele sabe que eu sei que ele sabe porque temeu: apesar de, quando presidia à assembleia aparecer pelo Conselho Nacional de Reabilitação, qual «vulto nevoento», não tinha, nem tem ideia, do panorama social, porque, na mundanal existência, essa «bomba atómica do sec. XXI – não lhe dá nenhum cuidado.
Algumas biografias, se publicadas, revelariam a verdadeira dimensão dos biografados; eis o caso!
Porque será que perseguirá ou tentará intimidar os que o censuram? Porque é tão intolerante à divergência, que reage com descortesia, quando os factos o apavoram? Porque é fraco! E, por isso mesmo, é «insolente» com os que considera «fracos» e «lisonjeiro/adulador» com os que considera «poderosos», porque, ávido de protagonismo/carreirismo, sabe que, comprazendo aos «mandadores» o caminho fica mais aberto.
Os fantasmas do Poder simbolizam os fantasmas pessoais e colectivos e materializam as infinitas ambições dos seus titulares tão distraídos que nem percebem: «é transitória a glória do mundo» …
Quando a roda da fortuna desanda, quando regressam ao lugar onde deveriam ter estado sempre, sofrem «tormentos de perdição»!... Choram, desconsolados, porque não conhecem os seus fantasmas e os malditos são tão atrozes!... Pedem contas; acusam; devolvem a mesquinha realidade deformada por patologias terríveis!...

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